Título
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A EDUCAÇÃO EM SAÚDE ENQUANTO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS NA ATENÇÃO BÁSICA
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Autores
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Francisco Tavares Sobrinho (Relator)
Gerlania Ferreira dos Santos Gustavo Coêlho de Oliveira Ozaniely Linhares de Freitas Reinaldo de Holanda Gonçalves Edineide Nunes da Silva |
Modalidade
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Comunicação coordenada
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Área
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Enfermagem em Saúde Coletiva
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INTRODUÇÃO
A Educação em Saúde refere-se a um processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população, à profissionalização e à carreira na saúde (D’ÁVILA et al., 2014). Destacam-se dentre outras, neste processo, a Educação Continuada e a Educação Permanente em Saúde, a primeira está relacionada à continuidade da formação profissional, enquanto que a segunda, além disto, amplia-se para atender as demandas do processo de trabalho e dos atores nele envolvido. Ambas buscam promover mudanças tanto para os profissionais quanto para os usuários, acreditando no potencial transformador da educação.
Assim, a Educação em Saúde perpassa o cotidiano dos profissionais de saúde, entre eles o Enfermeiro, facilitador do processo de prevenção, tratamento e recuperação, utilizando da ferramenta de ensino ao paciente, na busca de um processo baseado na reflexão da realidade, no diálogo e na troca de experiências entre o profissional e o paciente, propiciando que ambos aprendam juntos e assim ocorra a promoção da saúde, transcendendo os preceitos básicos do cuidado (RIGON; NEVES, 2011).
OBJETIVOS
Refletir sobre a importância da Educação em Saúde enquanto estratégia de promoção de saberes e práticas entre profissionais e usuários da Atenção Básica.
MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em maio do corrente ano por estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública Federal, durante a vivência no Estágio Curricular Supervisionado I, em uma Unidade Básica de Saúde de um município do alto sertão paraibano.
Durante a vivência foram desenvolvidas várias atividades educativas em saúde, com ênfase para a Educação Permanente, por meio de palestras, dinâmicas, além da organização de uma “Biblioteca Itinerante” localizada na sala de espera onde os profissionais e usuários tem acesso a livros, informativos e periódicos para consulta.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
As experiências vivenciadas durante o Estágio Curricular Supervisionado I oportunizaram a prática da Educação em Saúde, uma vez que muitas foram às atividades realizadas envolvendo estudantes, profissionais e usuários da Unidade Básica de Saúde onde ocorreu o estágio.
Dentre as principais práticas realizadas destaca-se a interação profissional-estudante-usuário, por meio de palestras, rodas de conversa, dinâmicas, construção e utilização coletiva de um espaço para acesso à informação, denominado “Biblioteca Itinerante”.
Esta última atividade, promove o acesso à bibliografias e informação de diversos temas, favorecendo a aquisição de conhecimentos por intermédio da leitura dos materiais disponíveis, fortalecendo ainda mais as atividades de Educação em Saúde, no sentido de ofertar aos usuários mais conhecimentos a cerca de diversos temas relacionados à saúde.
Para Peixoto et al. (2013), a educação permeia o campo da saúde como instrumento ativo para construção e desenvolvimento de novos conhecimentos e saberes, a partir das informações captadas do território o qual a equipe está inserida, para que diante das necessidades e demandas encontradas, possamos ser capazes de construir estratégias ativas, fundamentadas na formação dos profissionais que compõe a equipe e na conscientização da comunidade e/ou território assistido pela Estratégia de Saúde da Família.
CONCLUSÃO
A partir da experiência vivenciada ressalta-se que a Educação em Saúde possibilita a construção de novos saberes e práticas, constituindo-se, portanto, enquanto ferramenta potente para o empoderamento da equipe multiprofissional e dos usuários da Atenção Básica, visto que oportuniza ganhos consideráveis no sentido de promover o conhecimento a partir do acesso à informação, favorecimento do saber, mudança de práticas e a consequente melhoria na qualidade da assistência e a conscientização/responsabilização mútua dos atores envolvidos neste processo.
Descritores: Atenção Básica; Educação em Saúde; Educação Permanente.
REFERÊNCIAS:
D'ÁVILA, L. S. et al. Adesão ao Programa de Educação Permanente para médicos de família de um Estado da Região Sudeste do Brasil. Ciênc. saúde coletiva, v.19, n.2, fev. 2014.
RIGON, A. G.; NEVES, E. T. Educação em saúde e a atuação de enfermagem no contexto de unidades de internação hospitalar: o que tem sido ou há para ser dito?. Texto Contexto Enferm., v.20, n.4, p.812-817, out./dez., 2011.
PEIXOTO, L. S. et al. Educação permanente, continuada e em serviço: desvendando seus conceitos. Revista eletrônica trimestral de enfermagem, n.29, 2013.