Título
ASPECTOS AUTOIMUNES NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Autores
Pedro Juliano da Silva (Relator)
Bruno Neves da Silva
Maria Danielly Benício de Araújo
Luiz Henrique da Silva
José Augusto de Sousa Rodrigues
Luciana Moura de Assis
Modalidade
Comunicação coordenada
Área
Enfermagem em Saúde Coletiva

Resumo
INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva, irreversível e incapacitante, caracterizada pela lesão dos neurônios motores superiores e inferiores no córtex e tronco cerebral e na medula espinhal. OBJETIVO: Descrever os fatores autoimunes relacionados à etiologia da ELA a partir da análise da literatura. MÉTODO: Pesquisa bibliográfica sistematizada realizada em maio de 2017 através da base de dados MEDLINE. Utilizou-se os descritores: esclerose lateral amiotrófica AND etiologia AND imunidade. Os critérios de seleção foram artigos científicos disponíveis na íntegra em qualquer idioma, sem delimitação temporal e que tratassem dos aspectos autoimunes da ELA. RESULTADOS: Foram pré-selecionadas 8 publicações. Após observados os critérios de seleção, a amostra foi constituída de um artigo científico publicado em 2013 nos Estados Unidos da América, analisado na íntegra. Verificou-se que o sistema imunológico participa da patogenia da ELA através da ativação da micróglia M1 e da via clássica do sistema complemento, que atuam sobre os neurônios motores provocando ações deletérias; e influenciando os astrócitos na secreção de substâncias tóxicas para os neurônios como, glutamato, Fas ligante e espécies reativas de oxigênio. Observou-se ainda um forte infiltrado de células T CD4+ e CD8+ próximas aos neurônios motores comprometidos, podendo estar relacionados a eventos inflamatórios. Todos esses fatores podem estar associados com a produção da proteína mutante superóxido dismutase 1. CONCLUSÃO: A ELA é uma doença com muitas perguntas a serem respondidas, e, apesar da evidente participação do sistema imune, é necessária a realização de novas pesquisas, como estudos envolvendo auto-anticorpos e células T auto-reativas, possibilitando a busca de uma terapêutica efetiva para tratá-la e aumentar a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados, que apresentam um prognóstico desfavorável.

Descritores: Autoimunidade; Imunologia; Saúde Pública.