Título
APLICAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA ADOLESCENTES SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
Paloma Karen Holanda Brito (Relatora)
Fabrícia Cristina Vidal Silva
Geisa Batista Leandro
Marcelo Costa Fernandes
Mike Douglas Lopes Fernandes
Fabiana Ferraz Queiroga Freitas
Modalidade
Comunicação coordenada
Área
Enfermagem em Saúde Coletiva


INTRODUÇÃO
A adolescência é tida como uma fase na qual há maior vulnerabilidade à ocorrência de problemas envolvendo a sexualidade, como por exemplo, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), visto que além de ser uma etapa de descobertas, cada vez mais a prática sexual se inicia durante essa faixa etária de forma precoce e de maneira desinformada (DIAS et al., 2010). Para tanto, se faz necessário investir na promoção da saúde desses jovens através da utilização da educação em saúde, com o emprego de recursos que sejam atrativos e facilitem o processo de aprendizagem sobre a temática (BARBOSA et al., 2010).

Um adequado método de compartilhar informações e sensibilizar o público alvo é a utilização de Tecnologia Educativa (TE), que é definida como um método organizado de concretizar e melhorar o processo da aprendizagem, de forma a tornar o ensinamento mais eficaz e efetivo (MOREIRA et al., 2014). As TE são utilizadas como ferramentas de ensino-aprendizagem. Elas têm o intuito de educar, porém só serão conceituadas como educacionais, se atingirem esse propósito (ÁFIO et al., 2014). 

Na realidade cotidiana da saúde, o uso de tecnologias, como os jogos educativos podem e devem ser empregadas objetivando a participação ativa de todos os envolvidos no processo educativo, fortalecendo a autonomia destes (MARTINS et al., 2011). O uso do jogo aperfeiçoa a educação em saúde e torna e incentiva o indivíduo a ser capaz de realizar suas próprias escolhas, com base no conhecimento que ele possui (BARBOSA et al., 2010).

OBJETIVOS
Relatar a utilização de um jogo educativo como estratégia para promoção de educação em saúde a adolescentes na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST’s. 

MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, com abordagem descritiva, de ações educativas realizadas com adolescentes de duas escolas públicas da cidade de Cajazeiras-PB, por meio do projeto extensão vinculado a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), intitulado Tecnologias de Informação em Saúde: preparando o profissional do amanhã.

Inicialmente foi abordada a temática das IST’s, onde diversas informações a respeito dessas doenças foram transmitidas, e inúmeras dúvidas foram sanadas. Logo após a discussão do tema, utilizou-se o jogo “Torre da Saúde”, como tecnologia educativa facilitadora do processo de aprendizagem que permitiu fazer avaliação da fixação do conteúdo discutido. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após exposição e discussão de várias doenças sexualmente transmissíveis, o jogo foi implementado como forma de avaliar se houve absorção do tema debatido. Ele se deu através da disputa entre duas equipes, sorteando-se um número que correspondia a uma pergunta, caso a equipe acertasse a outra retirava uma peça da torre, mas se errasse a pergunta, o próprio grupo removeria a peça, até que, quem levasse a torre a cair perderia o jogo. 

A utilização do jogo como instrumento metodológico proporcionou uma maior interação e envolvimento dos adolescentes na tentativa de não derrubar a torre e, consequentemente, permanecer no jogo, e para isso, os grupos se esforçara para responder as perguntas de corretamente. Além disso, o jogo traz uma analogia da saúde dos indivíduos, e principalmente dos jovens, como algo semelhante a uma torre construída por várias partes menores, onde qualquer erro ou deslize pode desmoronar toda a estrutura, que no caso seria a saúde e o bem-estar destes. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi perceptível que após a realização dessa dinâmica os alunos demonstraram assimilação satisfatória do tema proposto, inferindo que a utilização dessa técnica obteve sucesso e lhes possibilitou agregar conhecimentos sobre as doenças, como estratégia de prevenção, associada a uma abordagem descontraída e participativa. Pelo exposto, viu-se também a necessidade de maiores investimentos para a realização de atividades como essa, adaptando-se os recursos utilizados à linguagem do público, para que as ações educativas pautadas na promoção da saúde possam ser efetivas na obtenção de bons resultados para que esse grupo tenha a capacidade de tornar-se protagonista no cuidado da sua saúde e consequentemente na sua qualidade de vida, reduzindo assim, a susceptibilidade da adolescência. 

Descritores: Educação em saúde, Adolescente, Doenças Sexualmente Transmissíveis.

REFERÊNCIAS
ÁFIO, A. C. E; BALBINO, A. C; ALVES, M. D. S; CARVALHO, L. V; SANTOS, M. C. L; OLIVEIRA, N. R. Análise do conceito de tecnologia educacional em enfermagem aplicada ao paciente. Rev Rene. 2014.
BARBOSA, S. M. et al. Jogo educativo como estratégia de educação em saúde para adolescentes na prevenção às DST/AIDS. Rev. Eletr. Enf. [Internet], v. 12, n. 2, p. 337-41, 2010.
DIAS, F. L. A. et al. Riscos e vulnerabilidades relacionados à sexualidade na adolescência. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p.456-61, 2010.
MARTINS, A. K. L; NUNES, J. M; NOBREGA, M. F. B; PINHEIRO, P. N. C; SOUZA, A. M. A; VIEIRA, N. F. C; FERNANDES, A. F. C. Literatura de cordel: tecnologia de educação para saúdee enfermagem. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011.
MOREIRA, A. P. A; SABOIÁ, V. M; CAMACHO, A. C. L. F; DAHER, D. V; TEIXEIRA, E. Jogo educativo de administração de medicamentos: um estudo de validação. Rev. bras. enferm.,  Brasília, 2014.